As Linguagens de Pao e Jack Vance
Recentemente andei às compras nos alfarrabistas do Bairro Alto. Em particular, comprei livros da colecção Argonauta e da colecção de SF da Europa-America.
No meio de todas aquelas traduções muito más estava também um romance do Jack Vance que já andava para ler à algum tempo: "As Linguagens de Pao".
O livro é realmente fantástico. Não que desta feita a tradução seja muito boa, ou que esta seja a melhor obra do Jack Vance que já li. Mas confesso que gostei mesmo desta repetição da fórmula, e planeio agora arranjar o original... Ler em Português não é realmente nada fácil.
Fui introduzido ao senhor Jack Vance por um amigo fã do género SF (na web conhecido como olifante, vejam o blog dele), que na altura me emprestou o "Night Lamp" e o "Big Planet", e mais tarde também a colectânia "Alastor 391". Entretanto já li mais coisas deste autor, destacando-se na minha opinião os romances da série "The Dying Earth".
A característica do autor que considero mais interessantes é a sua forma barroca e elaborada de descrever os mundos fantásticos onde as suas histórias decorrem... Muitas vezes, as notas de rodapé assumem contornos mirabolantes, chegando a tornar-se quase como pequenos contos dentro dos romances.
Dois temas recorrentes nos livros do Jack Vance são as linguagens e os instrumentos musicais, embora distorcidos ao mais absurdo e alienígena que possam imaginar... Não é dificil adivinhar em qual destes temas se foca o livro "As Linguagens de Pao".
Tal como o 1984 do Orwell introduziu o conceito do newspeach como forma de modificar o comportamento humano, Jack Vance imaginou sociedades onde diferentes raças falam línguas muito distintas, comportando-se obviamente de formas também singulares.
Ha um povo extremamente dócil que é facilmente explorado pelos tiranos e malvados dos outros mundos. E quando a situação se torna incontornável, surge a ideia de alterar todo o comportamento deste povo, através da alteração da sua linguagem. Para se terem guerreiros ferozes, há que ter uma linguagem aguerrida...
A história propriamente dita è a clássica demanda do herói (aliás, o grande cliché dos livros do Vance). Mas ainda assim, é um dos melhores livros que já li este ano.
No meio de todas aquelas traduções muito más estava também um romance do Jack Vance que já andava para ler à algum tempo: "As Linguagens de Pao".
O livro é realmente fantástico. Não que desta feita a tradução seja muito boa, ou que esta seja a melhor obra do Jack Vance que já li. Mas confesso que gostei mesmo desta repetição da fórmula, e planeio agora arranjar o original... Ler em Português não é realmente nada fácil.
Fui introduzido ao senhor Jack Vance por um amigo fã do género SF (na web conhecido como olifante, vejam o blog dele), que na altura me emprestou o "Night Lamp" e o "Big Planet", e mais tarde também a colectânia "Alastor 391". Entretanto já li mais coisas deste autor, destacando-se na minha opinião os romances da série "The Dying Earth".
A característica do autor que considero mais interessantes é a sua forma barroca e elaborada de descrever os mundos fantásticos onde as suas histórias decorrem... Muitas vezes, as notas de rodapé assumem contornos mirabolantes, chegando a tornar-se quase como pequenos contos dentro dos romances.
Dois temas recorrentes nos livros do Jack Vance são as linguagens e os instrumentos musicais, embora distorcidos ao mais absurdo e alienígena que possam imaginar... Não é dificil adivinhar em qual destes temas se foca o livro "As Linguagens de Pao".
Tal como o 1984 do Orwell introduziu o conceito do newspeach como forma de modificar o comportamento humano, Jack Vance imaginou sociedades onde diferentes raças falam línguas muito distintas, comportando-se obviamente de formas também singulares.
Ha um povo extremamente dócil que é facilmente explorado pelos tiranos e malvados dos outros mundos. E quando a situação se torna incontornável, surge a ideia de alterar todo o comportamento deste povo, através da alteração da sua linguagem. Para se terem guerreiros ferozes, há que ter uma linguagem aguerrida...
A história propriamente dita è a clássica demanda do herói (aliás, o grande cliché dos livros do Vance). Mas ainda assim, é um dos melhores livros que já li este ano.